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Redefinindo os prédios inteligentes: foco nas pessoas

Fonte: RTInsights 

As empresas começam a perceber que os edifícios inteligentes podem agregar mais valor na otimização do espaço e na produtividade dos funcionários do que simplesmente reduzir os custos de energia.

A maioria das discussões sobre edifícios inteligentes aborda o gerenciamento de instalações. Um edifício pode usar sistemas em tempo real para monitorar e gerenciar segurança, HVAC, iluminação e gerenciamento de energia. Outras áreas de aplicações de ponta incluem lobbies e elevadores inteligentes.

A pandemia aumentou a necessidade de contar com sistemas mais inteligentes e intuitivos. Os empregadores devem fornecer garantias de que seus trabalhadores estarão seguros. Eles precisam de soluções em tempo real que ajudem a monitorar e reforçar o distanciamento social de seus funcionários e a qualidade da saúde ambiental em cada sala.

Eles também precisam de sistemas de gerenciamento de visitantes que façam mais do que apenas registrar uma pessoa quando ela entra em uma instalação. Em muitos casos, os visitantes precisarão ser rastreados (por ex: uma rápida verificação de temperatura) e ter seu movimento ao longo do edifício rastreado para garantir que os quartos não estejam superlotados.

Uma abordagem mais inclusiva para edifícios inteligentes

Edifícios inteligentes tradicionalmente fornecem controle aprimorado sobre os aspectos físicos do gerenciamento seu funcionamento. Os sistemas em tempo real que gerenciam esses recursos contam com sensores integrados e elementos de sistemas IoT para capturar dados e derivar  suas análises baseadas em IA.

Agora, muito mais é necessário para atender às demandas do "novo normal", conforme as pessoas voltam ao escritório. Especificamente, o que é necessário é uma transição de sistemas de edifícios inteligentes legados, muitas vezes proprietários, para sistemas baseados em uma arquitetura aberta que permite que sistemas de edifícios inteligentes discretos trabalhem juntos de forma sinérgica.

A economia de custos ainda impulsiona a necessidade de sistemas de edifícios inteligentes. Mas agora, as empresas, gestores e proprietários de edifícios percebem que há mais valor na otimização do espaço e na produtividade dos funcionários do que simplesmente reduzir os custos de energia. Como tal, novos sistemas são necessários para:

  • Medir a ocupação em tempo real em todo o edifício: Se os níveis de densidade forem muito altos em qualquer sala ou área comum, o sistema deve ser capaz de iniciar um processo de reduzir a ocupação.
  • Monitorar até o nível do assento: Saber se ou quando alguém se sentou em uma estação de trabalho ou ocupou uma sala é necessário para coordenar a limpeza e desinfecção das superfícies.
  • Controlar a qualidade do ar: em vez de apenas monitorar as condições ambientais, os edifícios inteligentes devem reagir dinamicamente em tempo real e fazer ajustes. Se o número de pessoas em uma sala começar a aumentar, a ventilação deve também ser intensificada para garantir o fluxo de ar adequado.

    São esses tipos de ações que são necessárias no novo local de trabalho.

A integração de sistemas tão díspares é o futuro dos edifícios inteligentes. A tendência é semelhante ao que está acontecendo no espaço da cidade inteligente. Cidades inteligentes normalmente foram concebidas como entidades monolíticas onde os dados de sensores difusos são analisados ​​centralmente para muitos casos de uso. Esse conceito está mudando, pois a maioria das cidades inteligentes provavelmente será um conjunto de vários espaços inteligentes, incluindo semáforos inteligentes, lobbies inteligentes, rodovias inteligentes, serviços públicos inteligentes, gestão inteligente de resíduos e muito mais.

São Paulo do futuro: o que esperar da metrópole nos próximos anos

Matéria da revista Veja São Paulo em janeiro de 2019 retrata as mudanças esperadas nos próximos anos em função dos avanços tecnológicos para São Paulo mas que podem ser consideradas válidas para todas as grandes metrópoles. Destacamos abaixo aqueles temas diretamente ligados ao setor imobiliário.


COMPRA DE IMÓVEIS. 
Nos últimos anos, a venda de imóveis teve mais baixas do que altas. Em 2018, foram mais de 21 000 novas unidades comercializadas — há uma década, o número ficou na faixa de 36 000. Nesse cenário, as exigências em torno da aquisição passam por aceleradas transformações. Vaga na garagem é uma condição a desaparecer. “Criamos edifícios nos quais só metade das unidades tinha espaço para estacionar, depois reduzimos esse índice para 30% e percebemos que cada vez mais sobram vagas”, afirma Antonio Setin, presidente da Setin Incorporadora. “Desistimos ainda de investir em bicicletários porque a tendência é alugar as bicicletas.” Tamanho também não é mais documento. As pessoas buscam praticidade. O empresário Alexandre Lafer Frankel, da construtora Vitacon, promove a ideia de apartamentos compactos em sessenta prédios lançados desde 2009. O menor dos seus imóveis tem 10 metros quadrados e fica na Rua das Palmeiras, na região central. “O morador se força a sair de casa, conviver em áreas comuns, e isso traz benefícios para sua vida”, acredita Frankel. O negócio dá resultado: a Vitacon teve um crescimento de 57% em 2018.
ALUGUEL DE IMÓVEIS. 
O status de formar patrimônio tornou-se pouco significativo para as novas gerações. Cada vez mais, o lema é ser, viver e dividir experiências. “Da mesma forma que os jovens se interessam menos por carros, é possível que também percam o desejo pela casa própria, porque preferem liberdade e mobilidade”, afirma Danilo Igliori, professor doutor da FEA/USP e presidente do DataZAP, empresa de inteligência imobiliária do ZAP Imóveis. Essa dinâmica começa a ser estudada pelas construtoras. A criação de prédios exclusivos para aluguel deve ser fortalecida — há previsão de lançamento de pelo menos quatro unidades nesse formato por aqui em 2019. Nos Estados Unidos, o Airbnb firmou uma parceria com a incorporadora Niido para construir, até 2020, catorze empreendimentos focados em compartilhamento de lares. Um deles já existe em Nashville, no Tennessee. 
ÁREAS COMPARTILHADAS. 
Apartamentos grandes geram trabalho e despesas sem sentido. “Se a máquina da lavanderia geral quebrar, será uma despesa do condomínio e não vai impactar o seu bolso da mesma forma que o conserto da sua”, exemplifica Antonio Setin. A empresa que ele preside é responsável por apartamentos de 18 a 49 metros quadrados no centro. Eles, no entanto, dispõem de piscina, cozinha, academia, sala de jogos, churrasqueira, bicicletário e escritório para todos. O mesmo vale para os carros comuns ao condomínio. Basta reservar o veículo e depois devolvê-lo, sem a preocupação com as despesas de quem é um proprietário. Hortas comunitárias aparecem igualmente como tendência. E, ainda nessa onda da natureza, vale dizer que os tetos verdes e jardins verticais despontam como opções de sustentabilidade e beleza.
COWORKING. O compartilhamento de espaço e recursos também será cada vez mais a tônica dos escritórios. Segundo a Ancev, associação nacional do segmento, a capital possui 300 coworkings. A empresa americana WeWork chegou a São Paulo em 2017. As facilidades oferecidas em suas instalações incluem sala de jogos, cabines para ligações privativas e espaço com manicure e massagista. Depois de se instalar nas avenidas Paulista e Faria Lima, o negócio cogita investir na revitalização das regiões da Luz, do Bom Retiro e dos Campos Elíseos. “Em Nova York e Los Angeles, verificamos o impacto econômico ao trazer novas pessoas, empresas e atividades econômicas para os bairros em que nós nos instalamos”, conta Hugo Silveira, diretor de comunidade do negócio por aqui. Com o avanço da tecnologia, que torna dispensável o deslocamento do funcionário até a sede do trabalho, o chamado home office também está em alta.