O núcleo de um prédio inteligente é o sistema de gestão da edificação (BMS)

O Sistema de Gerenciamento Predial (Building Management SystemBMS) continua sendo o núcleo central de um edifício inteligente. Embora tecnologias modernas (como plataformas de IoT em nuvem) ganhem visibilidade, é o BMS que exerce controle direto sobre os sistemas operacionais do edifício — e, para edifícios comerciais ou industriais, isso é crítico para segurança, confiabilidade e desempenho energético.

Principais pontos

  1. Papel Vital do BMS
    • O BMS já está embutido no edifício como sistema permanente e é responsável por decisões operacionais críticas do dia-a-dia, não apenas por coleta de dados ou visualização.
    • Ele fecha o “loop” de controle local, de maneira determinística e independente de conectividade externa.

  2. Limitações de algumas soluções IoT externas
    • Plataformas baseadas em nuvem ou sistemas IoT muitas vezes ficam no nível de agregação ou visualização de dados — úteis para diagnóstico ou análise, mas sem responsabilidade imediata de ação.
    • Se dependem de conectividade externa ou de terceiros para agir, podem introduzir atrasos, insegurança ou pontos de falha.

  3. Evolução: expandir o BMS com sensores modernos
    • Em vez de substituir o BMS, a proposta é expandir suas capacidades por meio de sensores adicionais, como os baseados em LoRaWAN.)
    • Exemplos: sensores de ocupação, CO₂, temperatura, umidade, estado de portas/janelas — conectados sem necessidade de cabeamento adicional pesado.
    • Esses novos dados permitem que o BMS “reaja em tempo real”, ajustando parâmetros de ventilação, sequência de funcionamento de equipamentos, fluxo de ar etc.

  4. Vantagens dessa abordagem híbrida
    • Mantém toda a confiabilidade, auditoria e responsabilidade local do BMS tradicional.
    • Evita fragmentação do controle; permite integração com dashboards de nível superior ou analytics corporativo sem ceder o núcleo de atuação local ao ambiente externo.
    • Reduz custo e complexidade de infraestrutura para expansão de sensores — já que usar LoRaWAN ou similar minimiza intervenção física. 

Conclusão

Um edifício inteligente mais eficaz não substitui o BMS; ele o complementa e o estende com tecnologias modernas de sensoriamento e conectividade. O BMS permanece como autoridade central do controle predial — mas enriquecido por dados adicionais, possibilitando respostas automáticas e eficientes, garantindo ao mesmo tempo segurança, previsibilidade e conformidade.


Este texto é um resumo de artigo publicado na revista Smart Buildings Magazine