Tudo sobre automação predial em condomínios

Por Thais Matuzaki
Publicado no portal SindicoNet

Fontes consultadas: Marjorie Albuquerque (síndica moradora e diretora de Marketing do SíndicoNet); José Roberto Muratori (consultor e projetista de Automação Residencial e Predial) e Fúlvio Stagi (síndico profissional).

Saiba o que é automação predial em condomínios, benefícios, como automatizar, cuidados, requisitos, valores e 11 soluções para áreas comuns dos empreendimentos

A automação já faz parte do dia a dia de qualquer pessoa, muito por conta do advento da internet e do celular. Pedir à Alexa para tocar sua música preferida ou mesmo apagar as luzes de casa apenas com um comando de voz é o maior exemplo disso. Enquanto a automação predial em condomínios está na portaria remota, lockers, na caixa d'água e até na piscina.

Há diversas soluções de automação para as áreas comuns de condomínios, que podem trazer conforto, economia e eficiência. Ainda assim, mais do que desligar ou ligar equipamentos, a tecnologia é aliada do síndico.

Esta matéria mostra o que é automação, benefícios, o que precisa ser feito para automatizar sistemas, além de falar sobre cuidados, requisitos, valores e 11 soluções existentes no mercado de automação predial em condomínios para você levar para o seu empreendimento. Confira!

 O que é automação 

Como a própria palavra já indica, automação é uma forma de executar tarefas do dia a dia de maneira autônoma, com o uso de dispositivos eletrônicos inteligentes (sensores e centrais) conectados a um software.

A interferência humana se dá na programação desses mecanismos, para que possam detectar e interpretar situações e, então, entrar em ação. A automação é extremamente lógica, criada com base em parâmetros e comandos, como "se eu abrir a porta, liga-se a TV e abre-se a persiana”. 

Automação em edifícios

A automação surgiu primeiramente no setor industrial, depois tornou-se comum em estabelecimentos maiores como shoppings e aeroportos, para então chegar aos edifícios corporativos, e por fim, em casas e condomínios residenciais. 

Segundo o consultor e projetista de Automação Residencial e Predial José Roberto Muratori, até bem pouco tempo atrás, em 2007, por exemplo, era difícil encontrar condomínios residenciais com áreas comuns automatizadas. "Os custos de implantação eram muito altos e poucos sabiam instalar, programar e manusear esse tipo de tecnologia", justifica.

Para Marjorie Albuquerque, síndica moradora e diretora de marketing do SíndicoNet, essa visão da automação em condomínios residenciais vai ficando cada vez mais comum com o passar do tempo.

"Você vê sistemas de automação em toda cidade, mercado, shopping, no prédio onde trabalha, daí traz para sua casa, até começar a se questionar do porquê seu condomínio não usufrui de nada disso ainda", afirma Marjorie. 

E na visão de Muratori, a portaria remota também abriu espaço para que outros sistemas fossem automatizados dentro dos condomínios. "Na verdade, trazer a tecnologia para esse lugar provocou a necessidade de otimizar outras atividades manuais, como acender e apagar a luz, sob o pretexto de economia e eficiência operacional", reforça Muratori.


De maneira geral, outros fatores podem ter motivado a busca pela automação em condomínios residenciais:

  • Novos ambientes, com usos diferenciados; 
  • Pauta sustentável voltada para redução no consumo de água e energia;
  • Necessidade de segurança ainda maior;
  • Uso do celular e forte tendência à gestão remota; 
  • Gerenciamento integrado da operação do condomínio.
  • Benefícios da automação predial em condomínios

Além de Marjorie e Muratori, o síndico profissional Fúlvio Stagi também nos ajudou a elencar os benefícios da automação predial em condomínios. Confira abaixo:

  • Prevenção contra problemas;
  • Economia financeira e de recursos naturais (água, gás e energia);
  • Otimização do tempo de funcionários e síndico;
  • Mais conforto e segurança para os moradores;
  • Redução na possibilidade de erros humanos;
  • Facilita a gestão;
  • Colabora com a manutenção predial como um todo;
  • Permite o controle de diversos processos de forma remota (extremamente útil em situações de emergência);
  • Mapeia, armazena e processa dados que contribuem para manter a saúde do sistema do edifício;
  • Com os relatórios que a maioria dos softwares oferecem, a prestação de contas também fica mais tranquila. Estar registrado em sistema é um argumento e tanto para o síndico;

Valorização do patrimônio.

"Tomando como exemplo, conheci dois empreendimentos com conceitos bem parecidos, localizados numa mesma região, mas de construtoras diferentes. Aquele que tinha automação conseguiu vender as unidades muito mais rápido", relembra Muratori.

Como ter automação predial em condomínios

Resumidamente, existem componentes que são fundamentais para automatizar um sistema dentro do condomínio, tais como:

  • Estrutura de conexão banda larga de alta velocidade (com fio e sem fio, mas opte preferencialmente pelo Wi-fi para evitar ajustes de infraestrutura);
  • Softwares (instalados no computador ou celular) para que dispositivos e equipamentos troquem dados e se comuniquem de maneira correta;
  • Aparelhos inteligentes (smarts).

Cuidados antes de automatizar o prédio

Fúlvio deixa um alerta para os síndicos de que não basta apenas adquirir equipamentos de última geração, sem uma internet de alta qualidade e cabeamento apropriado. "Na falta de uma infraestrutura correta, você perde o potencial do produto", argumenta.

Já Marjorie aponta para a questão da compatibilidade entre os aparelhos e os softwares de automação. De acordo com ela, existem muitos gratuitos e estrangeiros que causam certa desconfiança tanto em relação à segurança de dados quanto ao funcionamento em si. 

Além disso, em março de 2023, a Kaspersky, líder em tecnologia no desenvolvimento de software de segurança cibernética, divulgou uma pesquisa que confirmou que um em cada quatro sistemas de automação de edifícios foi alvo de ataques de hackers e golpistas. Isso demonstra a baixa segurança dos computadores que controlam os sistemas de automação predial.

Hackers podem tentar roubar credenciais ou manipular sistemas de vigilância em benefício próprio, auxiliando na prática de outros crimes ou mesmo para interromper completamente o funcionamento de um edifício.

Para se prevenir contra isso, a empresa de segurança aconselha a criação de equipes de TI qualificadas, bem como a montagem de uma infraestrutura que conte com soluções de proteção confiáveis. 

Todo condomínio pode ser automatizado?


Pode ser que nem todo condomínio tenha condições de receber automação sem que seja necessário alguma intervenção no cabeamento, como é o caso das edificações mais antigas.

Em contrapartida, os novos empreendimentos já são entregues com sistemas automatizados ou, no mínimo, com instalações modernas que facilitem essa implantação futuramente. 

Por isso, antes de sair trocando todos os dispositivos do condomínio por dispositivos inteligentes, o mais recomendado é contar com a orientação de especialistas, como projetistas, instaladores, programadores, eletricistas e os próprios técnicos dos respectivos sistemas. 

O projeto de automação oferece uma visão ampla sobre planejamento, dimensionamento e integração dos equipamentos, infraestrutura de cabeamento, conectividade e otimização das redes de voz, imagens e dados.

"Se o condomínio tem problemas pontuais em determinado sistema, algo mais sério e emergencial, vale a pena chamar um especialista da área para automatizar. Mas pensando numa visão mais macro, de economia e eficiência operacional,  o projeto é a melhor opção", defende Muratori. 

Marjorie conta que passou a pensar na automação de alguns sistemas do seu condomínio depois de iniciar uma obra no seu apartamento. Para ela, conduzir esse projeto em casa e no condomínio é bem diferente.

Isso porque em casa, o foco muitas vezes é o conforto e a praticidade, enquanto nas áreas comuns do condomínio o que brilha os olhos dos condôminos é o lado econômico. 

"Falar de automação em condomínio é muito mais pragmático. Não questionam se a tecnologia é realmente confiável, mas sim, o quanto vão economizar com ela. Para os moradores aceitarem a ideia, tem que provar em números a eficiência do sistema. A portaria remota obteve sucesso por isso, fez conta", reitera Muratori.

O mais importante é o condomínio começar seu processo de automação definindo quais as prioridades, tais como segurança ou economia, e fazer as contas. 

Pode ser que nem todo condomínio seja válido investir em automação. Em um prédio pequeno como o de Marjorie, que possui dez apartamentos e orçamento limitado, talvez compense aplicar soluções mais simples e caseiras. Neste caso, os benefícios da automação não seriam tão impactantes frente ao investimento.

Outra questão que precisa ser levada em conta é o perfil dos moradores. Muitos podem ser resistentes e ter dificuldades em manusear sistemas automatizados e celulares, como os idosos.

Valores para implantar sistemas automatizados no condomínio

Para o projeto de automação do apartamento de Marjorie, com foco em iluminação, porta, TV, ar-condicionado e som inteligentes, além de repetidor de sinal Wi-fi, a síndica moradora chegou a receber orçamentos na faixa de R$ 40 mil a R$ 50 mil, fora os equipamentos.

Em contrapartida, de acordo com os síndicos usuários e entusiastas da automação, Fúlvio e Marjorie, os aparelhos smarts estão com um preço cada vez mais acessível. Além disso, dispensam manutenção mensal.

Assim, o que de fato pode encarecer a automação de um condomínio é o projeto, pois até mesmo a instalação consegue ser viabilizada com as empresas de manutenção dos respectivos sistemas, como portão, bombas, elevadores, etc.

De acordo com Muratori, o custo de um projeto de automação condominial é muito variável, não só em função do tamanho e diversidade das áreas comuns que devem ser controladas, como do escopo pretendido. 

Ele indica um formato de negócio que permite baratear um projeto de automação para condomínios no qual é elaborado um estudo inicial desenvolvido por projetistas e consultores, que não tem interferência na venda de equipamentos e sua instalação.

"Nesta etapa, é detalhada a infraestrutura necessária e a especificação dos equipamentos e soluções, assim, seu custo pode ser muito parecido com os valores de outras disciplinas como instalações elétricas, hidráulicas, etc.", explica Muratori. 

Importância da automação aliada à integração

Para o especialista, tornar uma edificação realmente inteligente não significa apenas a instalação de alguns sensores e automação de alguns processos, ainda que isso já traga importantes benefícios.

O processo efetivo envolve a atuação integrada de diversas disciplinas, como arquitetura, design de interiores, instalações elétricas, ar-condicionado, ventilação, pressurização, luminotécnica, prevenção e combate a incêndios, segurança eletrônica, alarmes, controle de acesso, automação entre outras. É devido a disso que o projeto de automação predial em condomínios é fundamental. 

"De que adianta o síndico conseguir olhar pelo celular que a academia está com todas as lâmpadas ligadas e o zelador já não está no condomínio para acioná-lo? Claro que contar com um sistema super eficientes já faz diferença, mas quando tudo está integrado, você têm um melhor aproveitamento", afirma Muratori.

Conheça 11 soluções em automação predial em condomínios

A automação é uma tecnologia que vive em constante avanço, mas o SíndicoNet fez uma pesquisa pelo mercado e elencou algumas soluções que já são possíveis de implementar nos condomínios. Confira:

1. Caixas d'água e bombas hidráulicas

Existem sistemas que monitoram o funcionamento das caixas d’água em conjunto com as bombas hidráulicas. Eles avisam se os reservatórios estão transbordando ou em nível crítico, bem como se há sobrecarga nos motores ou qualquer outro problema nas bombas. 

Assim, quando a caixa d’água superior estiver cheia, por exemplo, a bomba começa a trabalhar automaticamente para enviar água à caixa inferior até chegar ao volume desejado e, então, parar de bombear.

Além disso, se a caixa inferior estiver com pouca água, o motor das bombas também para de funcionar, uma vez que, nessas condições, corre-se o risco dos equipamentos queimarem.

Os responsáveis cadastrados no sistema (síndico, zelador, manutencista e administradora) são alertados pelo celular assim que detectado algum problema, e em alguns casos, é possível acionar a empresa de manutenção das bombas ou mesmo a concessionária automaticamente. 

Além da prevenção e do controle adequado dos recursos (energia e água), a automação acaba  otimizando o trabalho do zelador, que não precisará se locomover até as caixas para acionar manualmente as bombas.

 2. Controle de acesso

Segundo Fúlvio e Muratori, o controle de acesso (portões de pedestre, veículos e portas de áreas comuns) é o local do condomínio que não dá mais para ser analógico. Para eles, é uma questão tanto de segurança quanto de usabilidade, e delegar uma pessoa para abrir ou fechar ambientes se prova ultrapassado e arriscado hoje em dia. 

Como vimos nos parágrafos anteriores, a portaria remota é uma forma de automação do controle de acesso dos condomínios, que já está definitivamente consolidada no mercado. Uso de QR Code no celular, leitura das placas dos automóveis e reconhecimento facial são alguns formatos.

É possível enviar convites (QR Codes) para o celular dos convidados de um morador que alugou o salão de festas ou para um prestador de serviço que vai realizar um trabalho no condomínio. 

Pensando em manutenção e segurança, a portaria remota sinaliza, ainda, se o portão está aberto por muito tempo, indicando que existe algum problema técnico ou alguém o esqueceu aberto.

As portas de outras áreas do condomínio, como academia, brinquedoteca, piscina ou salão de jogos, também podem ter abertura e fechamento programados conforme as regras do regimento interno (horários, proibição a visitantes, etc).

Ainda assim, Fúlvio acredita que a portaria autônoma é a maior tendência em automação do controle de acesso em condomínios para os próximos anos.

"É uma solução que dá independência ao morador, sobretudo em relação a visitantes. Ao receber uma ligação de áudio e vídeo direto no seu celular, ele vê quem está falando e libera a entrada", comenta.

 3. Leitura de água, gás e energia

Hoje em dia, sistemas como individualização de água e gás são uma forma de automação, capaz de elaborar relatórios de consumo, com envio das informações em tempo real para a administradora, e ainda detectar vazamentos.

Além disso, em caso de falta de energia, sistemas automatizados podem acionar o gerador ou o nobreak automaticamente. 

4. Iluminação 

Todas as luzes das áreas comuns de um condomínio podem ser automatizadas, seja por comandos de programação de acordo com horários, estações do ano ou por sensores que detectam a presença de pessoas. 

No condomínio de Marjorie, a iluminação é controlada por timer. "Todas as luzes são programadas para ligar às 5h, mas no verão ou inverno, ainda preciso que o zelador faça o ajuste manual, algo que automação já pode nos ajudar", prevê. 

Mais do que ligar ou apagar luzes, a automação da iluminação faz o controle da intensidade também, criando cenários ou inibindo alguns comportamentos. 

"Na brinquedoteca, por exemplo, as crianças podem deixar tudo ligado. Com a tecnologia, podemos programar para baixar a luminosidade às 21h45, 'expulsando' os pequenos aos poucos sem que zelador ou síndico tenham que se indispor com eles, de modo que às 22h tudo é apagado", detalha Muratori. 

Em condomínios com iluminação nos jardins, criando cenários que valorizam o empreendimento, a automação também ajuda a economizar energia, pois permite que as luzes se acendam automaticamente apenas nos locais por onde as pessoas estão passando. Dessa forma, elas não ficam acesas durante a noite toda. 

5. Irrigação de jardim

De acordo com Muratori, de certa forma a automação substitui algumas tarefas mais burocráticas, as quais nem sempre o responsável está preparado para fazer. 

O que pode ser o caso da rega do jardim que fica muita vezes nas mãos do zelador ou faxineiro, os quais podem encharcar as plantas e gastar água sem necessidade.

Com a automação da irrigação dos jardins, a rega é automática de acordo com horários, condições climáticas e umidade do solo. Ou seja, o sistema avisa quando é necessário fazer o serviço, enquanto alguns modelos até acompanham aspersores que, de fato, regam o espaço com a quantidade exata de água. 

6. Elevadores

Os elevadores são um dos itens que exigem maior cuidado na hora de fazer a automação, pois não são tão integráveis, envolvem segurança e obedecem a legislações específicas. 

Uma tendência da pandemia é o sistema de chamada antecipada de elevador, que informa o andar desejado nos terminais localizados no hall de entrada do prédio; confirma o destino e indica qual equipamento estará disponível, sem qualquer toque do passageiro. 

A automação da iluminação da cabine dos elevadores também é uma opção, pois faz com que as luzes se acendam apenas quando o elevador for acionado ou estiver ocupado. 

Manutenção de elevadores de condomínio

Além disso, sensores podem ser instalados no equipamento para prever possíveis falhas de funcionamento, inclusive, com acionamento automático da empresa de manutenção. 

Com olhar lá na frente, Fúlvio se inspira nos hotéis e já estuda a ideia de colocar um sistema de reconhecimento facial no elevador dos condomínios que administra. 

"Ele estará atrelado ao andar em que a pessoa mora ou vai visitar, sem precisar apertar nada. Além disso, o movimento do equipamento já fica integrado ao banco de dados para controle de acesso, registrando quem entrou, para onde foi...", descreve. 

7. Câmeras

Outra aplicação da automação predial em condomínios está nas câmeras, cujas imagens podem ser exibidas em tempo real através do aplicativo da portaria remota, por exemplo. 

Totalmente digitalizadas, as imagens ficam armazenadas na nuvem, em segurança, e podem ser verificadas remotamente a qualquer momento pelo síndico.  

Muitas câmeras são inteligentes a ponto de utilizarem tecnologia de reconhecimento facial ou barreiras virtuais para identificar situações de risco à distância e acionar alertas, eliminando falhas humanas e alarmes falsos. Aquela história do porteiro ter que olhar todas as telas de CFTV incessantemente é passado com esse tipo de automação.  

8. Piscinas

Diversos sistemas automatizados podem ser aplicados em piscinas de condomínio, com o objetivo de controlar, por exemplo: 

  • Bombas (fluxo de água, ciclos de filtragem e função liga-desliga);
  • Iluminação; 
  • Segurança (sistema desliga automaticamente a bomba da piscina caso o ralo entre em contato com algum objeto ou pessoa);
  • Robô de limpeza;
  • Jatos de água de fontes ou cachoeiras;
  • Qualidade da água (sistema de monitoramento dos níveis de sal e cloro, bem como a presença de bactérias e algas);
  • Aquecedor (programação e regulação da temperatura à distância);
  • Coberturas retráteis;
  • Sistema oculto de retorno da água (para deixar a água em movimentação constante e não atrair insetos causadores de doenças);

Entre outros.

 9. Saunas

Além de programar o horário que a sauna poderá ser ligada, existem automações que condicionam o acionamento dela somente se for detectada a presença de alguém. Ou seja, mais uma tarefa que o zelador está dispensado. 

10. Encomendas, correspondências e delivery

Os armários inteligentes (lockers) também são uma forma de automação predial que já se consolidou no mercado condominial. Quando uma encomenda é depositada no armário inteligente pelo entregador, o morador é notificado em seu celular (aplicativo, SMS, e-mail, whatsapp) para fazer a retirada, livrando porteiros e zeladores de tal tarefa.   

Sabe aquela preguiça de descer até a portaria para buscar o delivery? Parecia distante, mas os drones já estão executando essa função dentro dos condomínios. 

No pioneiro Soho, residencial localizado em Nova Lima (MG), existe um serviço comercial de entrega por drones terrestres. Além de contar com um sensor para desviar de obstáculos, a partir da tecnologia 4G o carrinho se locomove por rotas pré-programadas a uma velocidade de 12 a 15 km/h, e segue monitorado por uma central.  

"O robô faz uma rota automatizada e se tiver que fazer, por exemplo, uma parada, ou alguma mudança de trajeto, o nosso operador, via 4G remotamente, consegue assumir o comando dele e fazer o caminho ou a alteração necessária de trajeto”, disse Thiago Calvet, um dos idealizadores do projeto, ao G1.  

No futuro, a expectativa dos desenvolvedores do robô delivery é implementar um dispositivo que vai permitir que ele somente seja aberto para retirada da encomenda ao reconhecer o rosto do morador que fez o pedido. 

A automação das entregas por meio de drones se traduz em comodidade para os moradores e otimização do trabalho da equipe da portaria. 

11. Alarme de incêndio

Outro sistema predial que exige um cuidado especial na hora de pensar em automação, pois estamos falando de segurança.  

Por si só, ele já é automatizado, afinal, quando os sensores detectam fumaça ou fogo no local, o painel de controle ativará um alarme sonoro para alertar as pessoas e liberar água.  

Uma automação interessante no alarme de incêndio são os detectores de fumaça inteligentes que enviam notificações para o celular de síndico e zelador (e se preferir até para os moradores) automaticamente. 

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Artigo publicado em outubro de 2023 no Portal Sindiconet

Edificações Inteligentes São Tendência Sem Volta

 Fonte: Smart Grid Forum

Uso intensivo de sensores e automação de sistemas em edificações gera maior eficiência e redução de custos. Tendência levará a novas relações de consumo com concessionárias de energia. Tema foi debatido durante o 15º Fórum Latino-Americano de Smart Grid.

Conectividade e eficiência definem as edificações inteligentes, que fazem uso intensivo de sensores e automação, para facilitar a gestão de condomínios e reduzir custos. “Esta atualização tecnológica está em curso também nas edificações mais antigas, naquilo que é conhecido como retrofit”, assegura José Roberto Muratori, diretor do Projeto Conectar e gestor do Portal Prédio Eficiente. Ele foi um dos palestrantes do painel “As tendências de evolução das edificações inteligentes e dos requisitos de sistemas de energia”, que ocorreu durante o Fórum Latino-Americano de Smart Grid, nos dias 11 e 12 de setembro em São Paulo.

De acordo com Muratori, o uso intensivo de sensores inteligentes, a automação dos processos e o gerenciamento de edificações por meio de aplicativos é um caminho sem volta.  Agregar tecnologia na operação e na manutenção das edificações tem contribuído para facilitar a gestão, viabilizar a administração remota, prevenir problemas e reduzir o tempo de eventuais consertos de equipamentos. “Não se trata apenas de economia na gestão; a tecnologia torna a vida do usuário mais confortável, prática e segura”, pontuou.

Muratori alertou, entretanto, que tornar uma edificação realmente inteligente não significa apenas a instalação de alguns sensores e automação de alguns processos, ainda que isso já traga importantes benefícios. O processo efetivo envolve a atuação integrada de diversas disciplinas, como arquitetura, design de interiores, instalações elétricas, ar-condicionado, ventilação, pressurização, luminotécnica, prevenção e combate a incêndios, segurança eletrônica, alarmes, controle de acesso, automação entre outras.

“Tudo isso funcionando, conectado e em nuvem, permite a automação de diversos processos, a gestão remota, a manutenção preventiva, a redução de prazos e de custos para solução de problemas. Também viabiliza a geração de relatórios de dados agrupados, conforme necessidades dos diversos setores”, pontuou.

Usos múltiplos

O diretor do Projeto Conectar destacou, que existe a tendência de crescimento no país dos edifícios de múltiplos usos. Eles integram, num mesmo empreendimento, moradia, comércio, prestação de serviços e ocupação temporária. Nesses empreendimentos, há distintos perfis de usuários, que podem ter acesso a determinadas áreas ou não, como academia, piscina, workplace etc.

Rateio inteligente de custos

Além disso, cada área tem suas demandas específicas de insumos e os custos gerais do condomínio não podem ser rateados de forma linear, mas sim de acordo com o consumo, com bilhetagens específicas. “Como se controla o acesso a determinadas áreas, como se faz a correta distribuição da bilhetagem do consumo, enfim, como se faz a gestão de um prédio desse sem tecnologia?”, perguntou-se Muratori.

Para ele, essa tendência demandará também a revisão da forma de atuação das concessionárias no gerenciamento de energia para esses empreendimentos, sendo que alguns deles podem ter geração própria complementar. “As concessionárias podem e devem contribuir para facilitar a gestão energética desses empreendimentos. Isso também passará necessariamente pelo uso de tecnologias, que possibilitem tratar clientes distintos de acordo com suas necessidades”, previu.

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Conheça oito inovações transformadoras no mercado imobiliário

Fonte: https://comvcportal.com.br/

Busca por soluções mais flexíveis e personalizadas impulsionam esse mercado que movimentou mais de 133 mil imóveis em 2022





Segundo dados da Associação Brasileira de Incorporadores Imobiliários (ABRAINC), o setor imobiliário contou com um aumento na porcentagem de imóveis comercializados de cerca de 12% no Brasil em 2022. Isso representou mais de 133 mil imóveis vendidos somente nos primeiros 10 meses de 2022, o que já se constitui no maior valor registrado desde 2014, ano em que se iniciou essa contabilização pela ABRAINC. Junto ao aumento da demanda por imóveis, o mercado imobiliário está testemunhando uma série de inovações que estão revolucionando a forma como as pessoas compram, vendem e vivem.

Segundo o CEO da Yogha, Avelino Mira, essas mudanças estão sendo impulsionadas pela tecnologia, pelas expectativas dos moradores e pela busca por soluções mais flexíveis e personalizadas. “No mercado imobiliário atual, as soluções mais flexíveis e personalizadas estão ganhando destaque, à medida que as necessidades e expectativas dos consumidores continuam a evoluir. Essas soluções oferecem aos compradores e locatários uma maior liberdade de escolha, adaptabilidade e controle sobre os espaços em que vivem”, conta.

Oito inovações que estão transformando o mercado imobiliário

Realidade virtual e visitas virtuais

A tecnologia de realidade virtual permite aos compradores e locatários explorarem imóveis de forma imersiva e realista, mesmo à distância. As visitas virtuais revolucionam a busca por propriedades, economizando tempo e proporcionando uma experiência mais completa. 

Contratos inteligentes

A adoção de contratos baseados em blockchain simplifica e agiliza as transações imobiliárias. Esses contratos inteligentes automatizam a execução de acordos, eliminando a necessidade de intermediários e aumentando a segurança nas transações.

Inteligência artificial e chatbots

Chatbots alimentados por inteligência artificial estão se tornando cada vez mais comuns no mercado imobiliário. Esses assistentes virtuais auxiliam na busca por imóveis, respondendo a perguntas frequentes e fornecendo informações rápidas aos clientes, proporcionando melhor atendimento e eficiência.

Sustentabilidade e eficiência energética

Com o aumento da consciência ambiental, soluções sustentáveis, como a implementação de energia solar e eficiência energética, estão se tornando essenciais no mercado imobiliário. Essas inovações visam reduzir o impacto ambiental e economizar recursos para proprietários e moradores.


Veja mais detalhes em https://predioeficiente.com.br/


Moradias flexíveis

A tendência das moradias flexíveis está ganhando força. Essas unidades habitacionais são projetadas para serem versáteis e adaptáveis, permitindo que os moradores tenham mais flexibilidade em todo o processo de locação, algo que reflete um novo estilo de viver e morar. Do lado dos proprietários, as moradias flexíveis também são inovadoras, já que possibilitam retornos mais atraentes e mais agilidade em todo processo administrativo de seus ativos, além de poderem contar com o apoio de empresas especializadas na gestão de imóveis flexíveis.

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Plataformas de Investimento Imobiliário Online 

As plataformas de investimento imobiliário online estão democratizando o acesso a propriedades comerciais e residenciais. Investidores podem diversificar seus portfólios investindo em imóveis compartilhados e obtendo retornos atrativos, de forma simplificada e acessível.

Automação Residencial

A automação residencial está se tornando mais acessível, permitindo que os moradores controlem iluminação, segurança e temperatura por meio de aplicativos e comandos de voz. Essa inovação proporciona maior conforto e eficiência para os moradores.


Veja mais detalhes em https://projetoconectar.com.br/boletim


Tecnologia de Construção 3D

A tecnologia de construção 3D está revolucionando o processo de construção, tornando-o mais rápido, eficiente e sustentável. Essa inovação permite a criação de edifícios modulares personalizáveis e economicamente viáveis com menor geração de resíduos.