Fonte: Smart Grid Forum
Uso intensivo de sensores e automação de sistemas em edificações gera maior eficiência e redução de custos. Tendência levará a novas relações de consumo com concessionárias de energia. Tema foi debatido durante o 15º Fórum Latino-Americano de Smart Grid.
Conectividade e eficiência definem as edificações inteligentes, que fazem uso intensivo de sensores e automação, para facilitar a gestão de condomínios e reduzir custos. “Esta atualização tecnológica está em curso também nas edificações mais antigas, naquilo que é conhecido como retrofit”, assegura José Roberto Muratori, diretor do Projeto Conectar e gestor do Portal Prédio Eficiente. Ele foi um dos palestrantes do painel “As tendências de evolução das edificações inteligentes e dos requisitos de sistemas de energia”, que ocorreu durante o Fórum Latino-Americano de Smart Grid, nos dias 11 e 12 de setembro em São Paulo.
De acordo com Muratori, o uso intensivo de sensores inteligentes, a automação dos processos e o gerenciamento de edificações por meio de aplicativos é um caminho sem volta. Agregar tecnologia na operação e na manutenção das edificações tem contribuído para facilitar a gestão, viabilizar a administração remota, prevenir problemas e reduzir o tempo de eventuais consertos de equipamentos. “Não se trata apenas de economia na gestão; a tecnologia torna a vida do usuário mais confortável, prática e segura”, pontuou.Muratori alertou, entretanto, que tornar uma edificação realmente inteligente não significa apenas a instalação de alguns sensores e automação de alguns processos, ainda que isso já traga importantes benefícios. O processo efetivo envolve a atuação integrada de diversas disciplinas, como arquitetura, design de interiores, instalações elétricas, ar-condicionado, ventilação, pressurização, luminotécnica, prevenção e combate a incêndios, segurança eletrônica, alarmes, controle de acesso, automação entre outras.
“Tudo isso funcionando, conectado e em nuvem, permite a automação de diversos processos, a gestão remota, a manutenção preventiva, a redução de prazos e de custos para solução de problemas. Também viabiliza a geração de relatórios de dados agrupados, conforme necessidades dos diversos setores”, pontuou.
Usos múltiplos
O diretor do Projeto Conectar destacou, que existe a tendência de crescimento no país dos edifícios de múltiplos usos. Eles integram, num mesmo empreendimento, moradia, comércio, prestação de serviços e ocupação temporária. Nesses empreendimentos, há distintos perfis de usuários, que podem ter acesso a determinadas áreas ou não, como academia, piscina, workplace etc.
Rateio inteligente de custos
Além disso, cada área tem suas demandas específicas de insumos e os custos gerais do condomínio não podem ser rateados de forma linear, mas sim de acordo com o consumo, com bilhetagens específicas. “Como se controla o acesso a determinadas áreas, como se faz a correta distribuição da bilhetagem do consumo, enfim, como se faz a gestão de um prédio desse sem tecnologia?”, perguntou-se Muratori.
Para ele, essa tendência demandará também a revisão da forma de atuação das concessionárias no gerenciamento de energia para esses empreendimentos, sendo que alguns deles podem ter geração própria complementar. “As concessionárias podem e devem contribuir para facilitar a gestão energética desses empreendimentos. Isso também passará necessariamente pelo uso de tecnologias, que possibilitem tratar clientes distintos de acordo com suas necessidades”, previu.
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